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Nos últimos quinze dias, a minha vida ficou de pernas para o ar. Para começar, a minha conta de Instagram foi pirateada, e isso deixou-me completamente desorientada. Não só por ter perdido o acesso à conta, mas também porque prejudiquei outras pessoas, que ao responderem a mensagens supostamente minhas, foram também hackeadas. Lidar com o stress de recuperar a conta, além da preocupação com a privacidade da minha informação, não tem sido fácil. Fiz de tudo e sem sucesso. Todo um trabalho, todos os textos, todos os seguidores deixaram de “existir” e a sensação de violação é difícil de ignorar. Virar a página foi a solução, mas ainda sinto o peso e o transtorno desta situação. Parece que não tem fim este episódio.
E como se isso não fosse suficiente, o meu filho sofreu uma lesão no joelho. Ver um filho privado da sua autonomia e limitado pela dor, é angustiante. Estas semanas têm sido mesmo muito desafiantes para ele e para nós, enquanto família. A paciência tem sido a palavra-chave, mas as emoções têm estado à flor da pele.
Estes dois acontecimentos ensinaram-me a importância de valorizar o que realmente importa. Enquanto tentava recuperar o meu Instagram, aprendi que, acima de tudo, a saúde e o bem-estar da minha família são uma prioridade. O apoio que temos dado uns aos outros nestes momentos de dificuldade tem sido fundamental para ultrapassarmos esta situação. E, apesar do stress, há também um espaço para a gratidão pelas pequenas coisas, como o apoio de familiares e amigos e a resiliência que temos demonstrado. Obrigada a todos!
Com isto tudo surgiu-me a questão: porquê a mim? Porquê ao meu filho?
Estas perguntas rondam a mente de muitos que enfrentam dificuldades inesperadas. Às vezes, parece que as adversidades vêm em ondas, arrastando-nos para fora da nossa zona de conforto e testando a nossa força. No entanto, sinto que cada desafio traz consigo uma oportunidade disfarçada. Este episódio com a minha conta de Instagram, embora frustrante, forçou-me a repensar o meu relacionamento com as redes sociais e a refletir sobre o facto de nos conectarmos tanto a elas que, por vezes, perdemos o discernimento e clicamos sem pensar. E o que aconteceu ao meu filho serve como um lembrete poderoso de que a vida pode mudar rapidamente.
Mesmo diante das incertezas e dos desafios, decidi não me deixar abater. Reafirmar a nossa união familiar e celebrar o que temos de positivo torna-se uma forma de resistência. Podemos não compreender sempre o "porquê" das coisas, mas podemos escolher como responder e crescer a partir delas. E assim, seguimos em frente, com esperança e gratidão, mesmo nos dias difíceis, acreditando que cada experiência, boa ou má, tem o seu propósito. Afinal, é nas tempestades que aprendemos a navegar e a valorizar a serenidade quando ela chega.
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